domingo, 24 de agosto de 2008

Eterna

Morar em São Paulo é viver sozinha numa cidade com milhões de habitantes. Todos os dias subo e desço o elevador do prédio sem ter constrangimentos de ficar olhando pro nada com uma pessoa ao lado. Vou pra academia sozinha. Moro com mais duas pessoas que praticamente não encontro.
Os únicos momentos que me dou conta que existe muito mais gente do que eu imagino na cidade é quando eu pego um ônibus lotado, daqueles que é impossível entrar. Nessas horas, é cada um por si e salvem-se o motorista e o cobrador! E novamente vejo que estou sozinha.
Só me resta cantar agora: "Eu nasci assim, eu cresci assim..." E será sempre assim. Solidão!

sábado, 16 de agosto de 2008

Conversa com Koala

Ora, se até mesmo a natureza é dual (noite e dia, terra e água, vida e morte) como poderíamos nós, meros mortais, sermos um só?
É ruim para nós a igualdadade, a monotonia, é mortal, é asfixiante, não é produtivo, não traz dúvidas, muito menos reflexão.
Pode acreditar, as pessoas mais interessantes que você já conheceu são aquelas que não têm certeza de nada na vida. Vivem um dia após o outro, tranquilamente, buscando algo maior sempre, mas não se desesperando com o futuro.
Eu sei que você é assim, eu sei que eu sou assim, eu sei que tem muita gente assim. E quando essas pessoas se encontram elas simplesmente sentam em algum lugar e conversam sobre as inconstâncias de seus seres sem chegar à conclusão nenhuma. Mas conclusões não são nada, perto de uma boa conversa e uma boa companhia.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Sorte

Todo mundo tem seu dia de sorte... quem sabe o meu seja hoje, quem sabe seja amanhã. Quem sabe ele já tenha passado há muito tempo e eu nem percebi.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Talvez

O cansaço e a falta de tempo às vezes barram a gente em muitas coisas. Eu queria ter mais tempo de produzir para o mundo, escrever mais, fotografar mais, criar mais, fazer mais as coisas que eu gosto.
Há um bom tempo eu descobri que meu dia tem apenas 24 horas e eu queria que ele tivesse umas 30, pelo menos. Além disso, descobri que dormir 6 horas por dia é o mínimo para poder se ter vida no final de semana. Percebi também que gasto 3 horas diárias no trânsito de São Paulo, mais umas 3 horas com os meus afazeres diários. 
Com todas essas subtrações, me sobram 12 horas pra tentar ser alguém para o mundo, alguém para mim mesma. Parece muito, não? Mas quando paro pra pensar vejo que já se passaram 22 anos e eu nem percebi penso que talvez não seja tanto tempo assim, ou melhor, talvez eu esteja fazendo tantas coisas que nem vejo a vida passar. 
E isso me faz feliz e me conforta. Porque talvez esse tanto de coisas que faço, mesmo que seja escrever nesse blog, sejam úteis no futuro pra alguma coisa. E isso é a minha razão de viver e o motivo de eu querer tanto que as pessoas entendam o quanto é importante produzir para o mundo, para si mesmos, não apenas seguir padrões.
É, talvez eu seja doida, talvez o mundo não concorde comigo ou talvez, bem talvezinho, eu tenha alguma razão.