segunda-feira, 9 de junho de 2008

Ode à futilidade

No pequeno espelho cor-de-rosa olho as imperfeições de um roso marcado pelas inquietações do viver. Sim, eu sei que rugas, espinhas e marcas de expressão não são nada perto das marcas dentro de d'alma de um ser. Mas, por que isso me incomoda tanto? Incomoda tanto quanto a ignorância sobre algum assunto novo, quanto a falta de fôlego pra correr, quanto a falta de privacidade dentro de pequenos universos cotidianos, quanto a vontade de ter algo que não se pode. Incomoda porque me deixa insatisfeita, porque se choca com o meu padrão de correto, belo e admirável...
Eu odeio admitir que o meu ser está tão ligado aos padrões da sociedade moderna (ou pós-moderna), mas ele está. Droga! Quer saber... todos os seres estão e isso me conforta. Olho a rua pela janela do ônibus e ligo o rádio de novo em alguma estação pop.

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