terça-feira, 30 de setembro de 2008
O por quê da ausência
terça-feira, 16 de setembro de 2008
O Fim ou O Recomeço
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Offline
domingo, 24 de agosto de 2008
Eterna
Os únicos momentos que me dou conta que existe muito mais gente do que eu imagino na cidade é quando eu pego um ônibus lotado, daqueles que é impossível entrar. Nessas horas, é cada um por si e salvem-se o motorista e o cobrador! E novamente vejo que estou sozinha.
Só me resta cantar agora: "Eu nasci assim, eu cresci assim..." E será sempre assim. Solidão!
sábado, 16 de agosto de 2008
Conversa com Koala
É ruim para nós a igualdadade, a monotonia, é mortal, é asfixiante, não é produtivo, não traz dúvidas, muito menos reflexão.
Pode acreditar, as pessoas mais interessantes que você já conheceu são aquelas que não têm certeza de nada na vida. Vivem um dia após o outro, tranquilamente, buscando algo maior sempre, mas não se desesperando com o futuro.
Eu sei que você é assim, eu sei que eu sou assim, eu sei que tem muita gente assim. E quando essas pessoas se encontram elas simplesmente sentam em algum lugar e conversam sobre as inconstâncias de seus seres sem chegar à conclusão nenhuma. Mas conclusões não são nada, perto de uma boa conversa e uma boa companhia.
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Sorte
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Talvez
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Divagações
domingo, 27 de julho de 2008
Ó xente!
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Serial Messages
terça-feira, 15 de julho de 2008
Almas errantes
Mas se você quer saber, almas errantes também possuem vidas triunfantes. Pense bem... Tim, Raul, Elis, Cássia e tantos outros exemplos mais que se encaixam aqui. Aliás, acho que quanto mais errante se é, mais triunfante e fulminante é a vida também.
Não estou querendo aqui apoiar nenhuma atitude radical ou anarquista de ninguém, só andei pensando sobre a vida que levamos. Muitas vezes, temos medo de arriscar, de ousar, de falar o que realmente pensamos e, pior, temos medo do desconhecido e da mudança. Ora, ninguém vai pra frente desse jeito, pelo menos é o que eu acredito.
Acho que todos temos esse "quezinho" de loucura, aqueles que não temem em mostrar isso se destacam. Eles podem viver pouco, podem cometer muitos erros, mas tenho certeza que vivem mais intensamente do que qualquer mortal que não se arrista.
Afinal, vale mais sobreviver 100 anos ou viver 50 intensamente? Tudo depende das suas escolhas.
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Travessa
sábado, 12 de julho de 2008
Feliz Des(aniversário)!
Eu achava que meus pais seriam velhos e meus avós muito mais velhos ainda. Achava que seria totalmente independente e que não viajaria mais em família.
Achava que meus irmãos continuariam crianças e achava também que eu teria idéias e desejos completamente diferentes.
No fim, continua tudo tão igual. Agora entendo quando minha mãe fala que ela tem 40 e poucos, mas se sente com 18. Foi só o tempo que passou... nada mais...
terça-feira, 8 de julho de 2008
Conselhos para mim mesma
Meus dois únicos conselhos para esses dias são:
1- vá para a academia e desconte tudo nos pesos, você não vai acreditar na força que tem;
2- assista "O escafandro e a borboleta", você vai ver que está mais no que na hora de começar a viver em vez de sobreviver.
segunda-feira, 7 de julho de 2008
sábado, 5 de julho de 2008
Manhã de 3 de julho
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Retoques
O belo puro e simples já não existia, ele estava retorcido, com a cor trocada, com as formas um pouco mais arredondadas, com a luz mais amarelada e tantos outros ajustes a mais.
"Será que algum dia o mundo voltará a ser somente o mundo, sem nada que faça ele parecer outra coisa?" Acho que não... só dentro de algumas pessoas, só dentro dela mesma.
terça-feira, 24 de junho de 2008
Senhora Dona
Esses dias o 'predero' veio aqui em casa de novo. “Dona Marina, eu falei pro Seu Sérgio que eu não sabia colocar o boxe, mas ele falou pra eu dar um jeito. Ai eu tive que colocar, né Dona Marina, mas eu sabia que não ia ficar bom... deixa eu ver o que aconteceu”.
Estranho esse tipo de respeito, não? Eu não sou dona, nem sequer trabalho tão duro quanto ele, mas ele me trata como se eu fosse superior... ruim, não sou superior, não sou inferior... sou igual. O tratamento dele é bem diferente dos negos da produção do filme que estão gravando aqui no meu prédio. Esses aí, muitas vezes não são nem assistentes, entram na minha casa todo dia, me vêem todo dia e é raro ouvir um cumprimento sequer.
Por que as pessoas tem a mania de se colocarem em degraus só pelo que elas fazem? Eu, hein! Odeio tratar os outros de maneira diferente e odeio que me tratem assim. No fim todo mundo acaba no mesmo lugar: debaixo da terra. É, bem mórbido assim mesmo. Mas não é verdade?
“Pronto, Dona Marina, espero que fique bom agora o boxe. Qualquer coisa pode me chamar de novo. Bom final de semana pra senhora.” É, o boxe realmente ficou bom, acho que eu vou ligar só pra agradecer.
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Quem sou eu hoje que não serei mais amanhã:
Tanto que demais
Via em tudo o céu
Fiz de tudo o cais
Dei-te pra ancorar
Doces deletérios
E quis ter os pés no chão
Tanto eu abri mão
Que hoje eu entendi
Sonho não se dá
É botão de flor
O sabor de fel
É de cortar.
Eu sei é um doce te amar
O amargo é querer-te pra mim
Do que eu preciso é lembrar, me ver
Antes de te ter e de ser teu, muito bem...
Quis nunca te ganhar
Tanto que forjei
Asas nos teus pés
Ondas pra levar
Deixo desvendar
Todos os mistérios.
Sei, tanto te soltei
Que você me quis
Em todo lugar
Lia em cada olhar
Quanta intenção
Eu vivia preso!
Eu sei, é um doce te amar
O amargo é querer-te pra mim.
Do que eu preciso é lembrar, me ver
Antes de te ter e de ser teu
O que eu queria, o que eu fazia, o que mais,
Que alguma coisa a gente tem que amar, mas o quê?
Não sei mais!
Os dias que eu me vejo só são dias
Que eu me encontro mais e mesmo assim
Eu sei tão bem: existe alguém pra me libertar!
Condicional - Los Hermanos
Composição: Rodrigo Amarante
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Conto de fadas
Um dia ela acordou, abriu a janela e se apaixonou pelo sol. Seus olhos brilharam, desse jeito bem piegas, como de qualquer pessoa apaixonada. Logo ela, que tinha tudo, mas todas as manhãs acordava triste. Logo ela, que era tão controlada e segura de si. Descontrolou.
Saiu pela rua e olhou para tudo que acontecia a sua volta. Carros, pessoas, plantas, roupas, asfalto, prédios, vidros, sapatos, pegadas, poças, folhetos, anúncios, pinturas, muros, faixas... e tudo mais que só ela podia ver daquele jeito. Sentou na praça em frente a sua casa e olhou para o sol.
Ficou ali olhando para o sol até ele ir embora. Quando isso aconteceu, ela voltou para casa e sentiu a tristeza de se perder uma paixão. Porém, por mais incrível que pareça, a tristeza a deixou feliz. Era a primeira vez que sentia tanta coisa num único dia.
Nesse exato momento, ela se deu conta de que não importava se teria o sol ou não. Nem todo conto de fadas tem um final feliz, o dela não precisava ter também. Ela só precisava ter ela mesma e todas as coisas do mundo, do jeito que elas são, no lugar em que elas estão. E isso bastava. E isso era a felicidade.
Puxou o cobertor da cama, ajeitou o travesseiro e foi fechar a janela. Foi quando ela olhou para o céu e se apaixonou pela lua.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Linha Vermelha
Primeiro ela pintou as pálpebras de azul. Depois delineou os olhos com um lápis preto bem forte. Aeromoça? Não, não estava indo na direção do aeroporto. Ficou muito tempo passando o lápis e corrigindo os riscos no espelho. Secretária? Acho que não, seu vestido era sério e reto, mas curto demais para se usar num escritório.
Guardou o lápis, checou os detalhes no espelho. Pegou o rímel. Puta? Não tinha postura pra isso e, apesar das sandálias de salto vermelhas de verniz, era recatada, talvez até retraída. Passou a tinta preta nos cílios para que ficassem curvos. Dona de casa? Definitivamente não. Tinha feição de mulher independente, trabalhadora, nem tanto.
Para finalizar a obra, abriu o batm cor de carmim e não passou por todo lábio, apenas corrigiu pequenas falhas. Seria eu mesma? Quem sabe! Eu espectadora de mim. Quantas eus existem pelo metrô?
Colocou os óculos escuros, encostou a cabeça e fechou os olhos pintados.
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Feliz dia dos não-namorados
Ela: "Você não está entendendo nada do que eu digo. Eu quero ir embora, eu quero é dar o fora. Eu quero que você venha comigo todo dia, todo dia."
Eles: Os opostos dispostos que se atraíram.
terça-feira, 10 de junho de 2008
Cotidiano I
"Alô, bom dia!"
"Oi, quem tá falando?"
"É a Marina."
"Marina, é o pessoal do apartamento 91."
"Moço, eu sou do apartamento 91."
"Ah... é o 'predero'."
"Pode mandar subir."
E assim se faz a comunicação.
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Ode à futilidade
Eu odeio admitir que o meu ser está tão ligado aos padrões da sociedade moderna (ou pós-moderna), mas ele está. Droga! Quer saber... todos os seres estão e isso me conforta. Olho a rua pela janela do ônibus e ligo o rádio de novo em alguma estação pop.